quinta-feira, 5 de julho de 2012

O sumiço da santa!



Último telejornal da disciplina. As coisas pareciam fáceis. Mas havia um porém escondido nas entrelinhas. O que o tema lendas e a cidade de Rio Pardo tem em comum? Tudo. A cidade por ser uma das mais históricas do estado possui um número elevado de lendas. As Noivas de Rio Pardo, a história de um amor verdadeiro, que superou o preconceito mas foi interrompida pela morte. Diz a lenda que uma menina se apaixonou por um soldado. O pai da jovem percebendo a situação resolveu proibir o namoro, pois o moço era de uma patente inferior a sua. Desesperada, a jovem resolveu tomou a decisão de ficar sem comer, ficando cada vez mais fraca e doente. Vendo que a filha estava realmente ficando ruim, o pai decide aceitar o casamento. Porém, no dia do casório a moça não aguentou chegar ao altar e caiu morta na porta da igreja. Com isso, as noivas de Rio Pardo começaram a fazer promessas para a jovem, que se conseguissem um casamento e fossem felizes iam doar os seus vestidos para a Nossa Senhora da Boa Morte.


Ok. Nós já tínhamos a história. Bastava gravar as imagens na Igreja São Francisco, onde se encontrava a santa. O porém:a igreja estava interditada há mais de três anos para reforma. Batemos com a cara na porta pela primeira vez. Depois de uma jogada de sorte, consegui com que uma antiga professora do colégio abrisse a igreja para nós. Chegando lá, batemos com a cara na porta pela segunda vez: A SANTA HAVIA SUMIDO. Sim, exatamente isso que vocês etão lendo. Todos os santos foram retirados da igreja por questões de roubo. O problema é que ninguém sabia aonde havia sido colocada a santa. Entrei em contato com a prefeitura da cidade e a secretaria de turismo, mas a resposta foi a mesma: “nós não sabemos informar”. Procurei as pessoas que cuidavam da local e eles não sabiam que os santos haviam sido retirados. Deixo aqui a minha revolta, um patrimônio histórico largado, sem os mínimos cuidados. Um desleixo com a sociedade. A santa faz parte da história da cidade, e agora está perdida em algum lugar, desconhecido pela população e até mesmo pelos órgãos municipais da cidade. Uma falta de consideração e vergonha.

Quem disse que a vida de jornalista é fácil? 

Texto: Lindiara Hagemann

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