quinta-feira, 14 de junho de 2012

Reportagem fora do script

Por Juliana Bencke, repórter

Depois de duas pautas terem "caído" e antes que eu e o colega Fábio Felício pudéssemos viver o pesadelo de estar sem pauta a menos de duas semanas da gravação do último Eu Acredito, eis que surge "O folheto". Com um programa especial sobre lendas da região, nada pareceu mais cabível do que o fato que víamos anunciado no panfleto. E aí pensamos: Isso tem tudo para virar lenda, para ficar na história de Venâncio Aires e ser lembrado em rodas de conversa daqui a muito tempo.


Apesar da correria, agendar a entrevista, reservar equipamento + carro + funcionário foi, sem sombra de dúvida, a etapa mais tranquila da missão reportagem. Tudo ia muitíssimo bem até as 14h30min de hoje. 

O que não estava no script é que o nosso estrevistado precisaria comparecer a um velório. Atos fúnebres são, sempre, imprevistos. Mas uma terceira pauta cair seria inaceitável. Decidimos insistir. O problema é que a matéria precisaria ser adiada para as 19h e nem carro, nem cinegrafista podiam se dar ao luxo de esperar. Depois de uma rápida aula de como manusear a câmera, o Elio Brixius e o carro da Unisc começam a viagem de volta à Santa Cruz do Sul. Enquanto isso, eu e o Fábio, carrecados de mochilas, microfones, baterias e câmera, iniciamos a nossa espera. E esperamos.

Não estava no script que a "função" em torno da matéria se estenderia até cerca de 20h30min. Não estava no script que o Fábio teria que me acompanhar em uma entrevista do trabalho. Não estava no script que ele tinha esquecido o cartão do banco. Não estava no script que pingos de chuva cairiam durante a tarde. Nem mesmo que andaríamos uns dois quilômetros. A pé! Também não estava no script que o Fábio teria que voltar de ônibus para Santa Cruz, entregar os equipamento no laboratório de TV e pegar a moto dele, tarde da noite. 

Apesar de tudo isso, também não estava no script que a missão teria um final feliz. Jamais imaginaríamos poder acompanhar a palestra do bispo J. Vítor, presenciar uma cirurgia espiritual e coletar depoimentos. Tudo isso, com a câmera em punho. Depois da maratona toda, sobrou a ansiedade para se debruçar sobre o material e editá-lo. Em breve, alguns bastidores também vão aparecer por aqui.

5 comentários:

Jaqueline de Lara Gomes disse...

Simplesmente, adorei!
É por essas e outras que a nossa profissão é tudo de bom, apesar de tudo! Estou louca pra ver esses bastidores!!!

Nos Caminhos da Tradição disse...

É isso aí, Ju!
Os bastidores são inimagináveis, mas a recompensa de um trabalho com persistência acontece.
Quem disse que a profissão de jornalista era fácil? Mas que tem um sabor adocicado - Ah isto tem. Parabéns.

Fabiana Piccinin disse...

Galera:

Os bastidores são a própria vida. E estes imprevistos é que dão gosto e nos desafiam no fazer jornalístico. confesso que esto muito curiosa também para ver a matéria. e essa história vai para os anais de telejornalismo da unisc. bjs.

Unknown disse...

oi eu gostaria muito de ver o restante da entrevista com o bispo j.vitor se for possivel postar eu agradeco obrigada missionaria mari

Cris Lautert disse...

Missionária Mari, podes clicar nesse link que segue. É o 2º bloco do nosso 5º programa. Antes da reportagem do missionário, há uma outra reportagem, só para avisá-la. A reportagem que te interessa começa aos 3'11".
http://www.youtube.com/watch?v=0rgb2BqUEZQ&feature=player_embedded